26 fevereiro 2007

Quem sabe um dia


Era só mais uma viagem, de carro, de avião, de ônibus.... não fazia diferança... Tudo bem, fazia diferença. Por dois motivos: era formatura da minha irmã, que por sinal foi uma das cerimônias mais lindas que ja vi, e o outro era porque eu não estava com um bom pressentimento sobre a viagem. Estava apreensiva, não sabia bem o porquê. As vezes tenho que me moldar, afinal, sei que sou bastante superticiosa, mas quase perder o avião parecia coisa de aviso Divino. Mas graças aos atrasos dos aeroportos consegui voar.
Salvador, como sempre, fazia um mega sol! A minha vontade era de ir direto para a praia. Lógico! Mas o dever me aguardava em casa, trocentas mil coisas para fazer, inclusive cuidados pessoais como fazer as unhas, que a minha rotina, graças a Deus ocupadíssima, não permitiu fazer durante a semana. No meio do corre-corre da festa, quase virei fotógrafa oficial, para variar. O mais legal foi rever pessoas que não via há anos, isso foi compensador, saber o que algumas delas fazem hoje da vida, foi entristecedor. Dançar horas a dentro com toda a família reunida foi surreal, conseguir fazer a minha irmanzinha ficar acordada até amanhecer foi sublime, vê-la dançando de tudo com o meu pai cinquentão, até funk, foi lindo. Meu irmão mais velho e meu sobrinho, que gracinha, também caíram no trance. Bom demais!
A praia ficou para a próxima viagem. Pegar a estrada depois de ter uma semana frenética, passar a noite dançando e bebendo, e dormir só 3hs, para depois pegar a estrada e dirigir por 24h, não me animavam. Mas se é pra ser vamos lá. Me agarro na fé e sigo viagem com meus pais, resultado... uma viagem nostálgica. O medo do cansaço fazer meu pai cair nas armadinhas da estrada me fizeram ficar acesa e fazê-lo também ficar.
O incitava a contar histórias, ele tinha que contar porque as minhas o fariam dormir, de uma vida de muita garra numa cidade pequena. De enfrentar preconceitos contra a cor e contra pobreza, de casar com minha mãe mesmo contra a vontade da família dela e de todos os garotos da cidade. Enfim, a história da vida de um casal que daria um lindo romance, com drama, ação e uma boa pimenta. Ingredientes que se esperam de um bom romance. Fora isso, o registro de lindas imagens que contemplamos em filmes, novelas e pouco vivenciamos.
Da próxima viagem com meus pais, vou levar também um gravador, quem sabe assim não consigo, finalmente, escrever uma boa historia real. As três fotos acima foram eu quem as tirei. Três belas paisagens, uma é a minha irmã, afinal a festa era dela e ela merece toda felicidade do mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Irmã linda, fiquei emocionada qd li o texto. Caprichou, hein!?
Obrigada por me proporcionar o previlegio de esta em sua pag., que a cada dia torna - se melhor!! Parabéns!!
Vc é um dos meus maiores orgulhos!!
Obrigada, obrigada, obrigada!
Principalmente por vc ter vindo, enfrentado todos os contratempos chegando aqui alegre e feliz, apesar do cansaço. A festa não teria o brilho q teve, caso vc não estivesse presente. Engraçado tive todas essas sensação descritas por vc acima.Rsrsrsrs!
Desejo todo sucesso do mundo p vc, e que chegue logo a sua formatura, para q possamos senti todas essas sensações novamente.
Vc é uma pessoa admiravel. Te amo!!!!!!
Beijão no coração!!!