16 março 2008

Querência


É dessa saudade que quero falar.
Desta procura desesperada pelos corredores da memória.
Te busco em cada instante caído e te acho em cada poema lido.
Mesmo distante sou capaz de ver cada passo, cada sorriso, mãos, olhares, bocas...
Conheço-te mais que tu mesmo.
Isso porque te observo enquanto reparas outros,
percebo seus risos, caras de bravo, de feliz, de indiferente, de desejo, de prazer.
Sei até do teu medo, tua carência e essa tua cara de inocência...
mesmo quando não há nada de inocente em você.
É muita querência, bem sei.
Querer-te bem de manhã, tarde e noite – principalmente- madrugada.
Tarde nem se fala. Cheiro, chuva, fome, chocolate, mãos e beijos.
Tardes dos desejos que me trazes,
Mas tarde, muito tarde, querido,
Vou dormir sem você.

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