30 maio 2008

Cadê a brasa dos teus olhos?

Demasiadamente longe, mesmo perto.
Longe acompanha com o olhar, o ciúme não revela. Ao contrário, provoca.
Erra bonito. Desperta sentimentos pequenos, desperta uma avaliação superior.
Seria bem mais fácil estar do meu lado.
Que olhar é este? Cadê aquela chama que me iluminava?
Agora sinto a frieza, o distanciamento e a chama do ciúme.
Tenho culpa, bem sei.
Por não te amar como precisas.
Mas antes erra você, que não deixa.
Amor, amor... vi a nossa foto.
Estavámos lindos, mas você não estava lá.
... queria que fosse possível.
Dormir todos os dias no aconchego dos seus braços.
Queria te ter todo dia, isso você já sabia?
Vai, escuta direito: É ai!
Essa dor que machuca meu peito.
Devagar.
- Tá, Lê. Bem devarinho.



Brasília, sábado cinza de abril, 2008.

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