18 dezembro 2006

Drão

Uma das músicas mais lindas que conheço, de uma beleza descomunal, de uma generosidade incomum, principalmente quando falamos do fim de um relacionamento. É o aprendizado de outras formas de amar. O verdadeiro sentido do amor universal, o amor que deve ser doado, que nunca se perde, que se transforma. Gratidão, generosidade mesmo. Passei o final de semana com ela na cabeça, isso me trouxe tanta paz que resolvi publicá-la aqui e dividir essa lição. Vale lembrar a historinha: Gil compôs a música para a ex-mulher Sandra. Chamada de Drão pelos mais queridos, por causa do Sandrão.

Drão o amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar plantar em algum lugar
Ressuscitar no chão nossa semeadura
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminhadura
Dura caminhada pela estrada escura

Drão não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão, estende-se, infinito
Imenso monolito, nossa arquitetura
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminha dura
Cama de tatame pela vida afora

Drão os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão, não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Se o amor é como um grão!
Morre, nasce, trigo, vive morre, pão
Drão

Um comentário:

Anônimo disse...

Que legal a história dessa música, que sempre achei linda... ouvimos a música de outra maneira quando sabemos qual foi o fato que a originou, né. Que era sobre separação, tava na cara, mas não sabia que era para a ex mulher, nem que ela se chamava Sandra, etc. etc.
Bjos.