08 dezembro 2006

Guerra

Uma pessoa que vive motivada pela beleza da vida e pela grandeza das pessoas, tem o fio condutor da sua existência forçado a se partir quando se depara com pessoas medíocres. É como encontrar-se em um caminho estreito, quase sem saída, num labirinto, com um mostro de duas cabeças.

Na metáfora, um mostro de duas cabeças pensa muito, é muito inteligente, mas os conflitos são tantos que eles não conseguem viver em harmonia com o próprio corpo. E ficam pelos caminhos da vida tentando se entender, se matando aos poucos e esbarrando nas pessoas que, por algum motivo, encontram pelos caminhos das suas vidas, forçando-as a entrar numa luta, na qual elas nada ganharão.

E, nesses encontros e desencontros, tento me esquivar, sair o mais ilesa possível, dentro das possibilidades que me permitem. Sei que vou carregar na bagagem cicatrizes desses conflitos que enfrentei para sobreviver, o tempo vai se encarregar de apagar algumas, mas outras estarão sempre visíveis a quem queira enxergar.

Sei que algumas vezes eu mesma vou entrar em batalhas, mas entrarei armada, pronta para guerra! Mesmo que na bainha da minha espada só tenha um bocadinho de razão que acumulei no caminho. Terei orgulho dessas minhas batalhas, independente do resultado final.

Em outras eu serei jogada ao acaso, sem precedentes, sem motivos. Como se passasse na frente de um estádio e um dos lutadores deixasse a arena, saísse correndo até a rua, pegasse a primeira pessoa que encontrasse lá fora e voltasse com ela para a arena como um motivo para reanimar a disputa. Nessas tenho certeza que sairei muito ferida, afinal, o circo já está armado e para os que estão de fora, tudo faz parte do espetáculo, e eu deveria ter motivos para estar ali, logo mereço apanhar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não deixe que essas pessoas medíocres interfiram nos seus resultados. A vida é realmente uma guerra; podemos lutar e ganhar. Depende das armas, mas principalmente das estratégias...

Beijo, minha linda.

Ju