01 agosto 2006

Deixa eu ser fútil, só um pouquinho?!?!


Ontem ouvi a seguinte frase de um amigo: - Poh Lê, sai dessa, ninguém aguenta ficar do lado de uma pessoa cult por muito tempo! Enche o saco! é bom demais se render ao consumismo, gastar em um shopping, tomar milkshake do BOBS, comprar uma calça na M.Officer!
Ok, vou confessar: Ahhhh, eu A-DO-RO LUXO!!!
Obviamente, acho o luxo uma futilidade, mas não deixo de amá-lo. Digo que o luxo é fútil porque não o considero necessário para a nossa existência. Sei que existem milhões de opiniões contrárias as minhas, mas enfim, quem quiser que se manifeste.
Agora vou definir luxo, no meu ponto de vista, é claro, para vocês:


  • Conforto;
  • Segurança;
  • Raridade;
  • Lugares únicos e
  • Pessoas únicas.

Conforto: Existe algo melhor que uma banheira de água quente nos dias frios de inverno, depois de um dia cansativo, então... é simplesmente magnífico. Mas conseguimos viver sem ela, então, por favor... isso é uma futilidade.

Segurança: Este é um dos poucos pontos que eu não considero como fútil, afinal, quem consegue viver num lugar onde não esteja seguro. E, por favor, não ache que segurança é viver trancado em uma casa toda cercada de grade, sistema interno e externo de tv, nove seguranças bem treinados monitorando tudo e carro blindado para passear e trabalhar. Isto deve ser simplemente insuportável. Segurança é poder ir e vir sem medo, andar com tranquilidade e não se furtar o direito de fazer o que quiser e na hora que quiser. Logo, não ache que é legal andar com guarda costas.

Raridade: Este pra mim é o princípio básico do luxo. É o desfrute do que poucas pessoas podem desfrutar. Já pensou ter uma ilha só pra você, e definitivamente, mesmo que muitas pessoas tivessem dinheiro o suficiente para comprar uma ilha, não haveria o suficiente para todos que quisessem ter uma, logo, ter uma ilha é um luxo. Assim como uma jóia rara, um carro com poucas edições, a roupa de um grande estilista feita sob encomenda. Não me digam que comprar na M.Officer é luxo, pois eles produzem em série, vai ser comum você encontrar na boate uma calça idêntica a sua. Então, no máximo o que você faz quando compra uma roupa lá é saciar o seu consumismo. Olhando por este ponto de vista comprar na M.Officer é fútil, e o pior, muitos o fazem para se sentirem inseridos em um determinado grupo.

Lugares únicos: Esse lugar único varia muito de pessoa pra pessoa, para muitos este lugar pode ser Paris, pra mim é uma Ilha particular que fui quando tinha uns quatorze anos, nem sei quem é o dono, até hoje não esqueci. A ilha era tão pequena que quando a maré tava cheia só cabia a mansão de 34 quartos, a piscina e uns três pés de coqueiro. Desfrutar a tarde naquele lugar para mim demonstrava a imensidão do nosso planeta. Eu só via água em pleno mar aberto e um pequeno pedaço de chão.

Pessoas únicas: Este é fácil, compartilhar de momentos bons do lados de pessoas agradáveis é um luxo. Esses momentos também são raros, na correria em que vivemos acabamos nos relacionando mais por internet do que pessoalmente.

Na minha lista de desejos fúteis este carro é o 1°.

Não basta ser um carro, que é uma necessidade, tem que ser um Suzuki Vitara. Fala sério, tem carro mais a minha cara?!

Eu vi o meu desejo ficar mais distante quando numa das minhas viagens passei pelo Espírito Santo e vi uma faixa na frente da fábrica da Suzuki avisando do fechamento. Sem ser produzido no Brasil fica ainda mais caro... :(

Este está em 2° lugar.
Um apartamento na Vieira Souto. Obviamente, só valeria a pena por eu ter muitos amigos para desfrutar dele comigo...

Verão, Rio de Janeiro, pessoas alegres e amigas, de frente pro mar...
Sem comentários!!!





E para finalizar, por favor, vestidos do André Lima...

4 comentários:

Anônimo disse...

Let, muito legal seu texto... gostei mesmo...
Não acho que segurança e pessoas únicas sejam coisas fúteis... mas opinião é opinião, né...
E vc disse que talvez eu não gostasse do seu texto porque pelo que estavávamos conversando eu não concordava... eu acho que a abordagem foi feita um pouco diferente aqui... o que eu acho e reafirmo é que luxo e futilidade não necessariamente precisam andar juntos... da mesma forma que tem pessoas que podem muito financeiramente e não são fúteis, são humildes, há pessoas que não têm "onde cair morto" (como alguns dizem) e vivem como se tivessem o rei na barriga...
Enfim, não sei se me fiz entender... hj tô meio impaciente... rsrsrs...
Bjos, amiga. Continue produzindo... vc tem talento!
P.S: E VIVA A LIBERDADE DE OPINIÃO... hahaha
Ass: Carol Lobo

Anônimo disse...

Eu já esperava por isso, quando se tem dinheiro acabamos nos rendendo ao "poder" que eles no oferece! O sentimento de igualdade, a solidariedade, enfim, todas essas coisas que aprendemos, desde pequenos de bons modos, se evaporam quando passamos a ter o poder de compra. Pq usar um vestido caríssimo? Pq comprar um apartamento de luxo? Pq ter um carro importado? A resposta é simples, o sentimento de exclusividade alimenta a individualidade, pois não será igual aquele menininho melequento que pede dinheiro no sinal, não será como aquele trabalhador que tem um duro ofício e no final do mês compra uma camisa na C&A para poder ir à igreja no domingo. Pq não pensamos assim: em vez de comprar um apartamento de 1 milhão, comprar várias casas simples e colocar famílias desabrigadas dando o direito a um pouco de cidadania. Em vez de comprar um vestido de 2 mil, pq não comprar vários vestidos simples e dar aqueles que passam frio? Ah, mas pra quê né, isso é tarefa do governo, afinal, eles são os "culpados" dessa situação. E continuamos a consumir...

Anônimo disse...

dos pecados capitais o que gosto mais eh da luxuria ;)

Anônimo disse...

Caraca Leti!!!
Gostei de tudo , só não concordo que o Suzuki Vitara é a sua cara, por que ele é a MINHA CARA!!!!
Kisses
MÔNICA
fUTURA MILIONARIA E AMANTE DE TODOS OS TIPOS DE GEEP